Foi o que deu, quando misturei meus enfeites e feitiços.
Coisas de Isa,
que quer deixar a vida mais bela!



Todos nós sabemos quão importante é o conhecimento de quem somos.
Isso engloba nossos sonhos, ambições, e também nossos medos, dúvidas e inseguranças. Quanto mais nos conhecemos, mais fácil é conviver com nossos sentimentos e reações.
O conhecido é confortável e seguro.
Mesmo que sejam sentimentos "negativos" como raiva, inveja, e ciúme, eu acho muito mais fácil lidar com eles quando eu os reconheço antecipadamente.
Penso que podemos controlar o comportamento, muito mais do que o sentimento.
Mesmo que ele cause sensações ruins, é preciso lidar com ele e decidir como agir. Ignorá-lo não trará benefício algum. Por exemplo: quando sinto mágoa, eu estou sentindo mágoa, então o mundo que, por favor, me dê licença. Mas tento me afastar das pessoas para que elas não acabem machucadas pelo meu ressentimento. E também tento ser um pouquinho mais paciente, pois sei que a minha leitura das situações não está 100%.
Tudo muito bom, as intenções são boas. Mas o autoconhecimento é muito dinâmico. Eu recentemente descobri que não tinha um conhecimento tão apurado, preciso de mim mesma. Ou seja, eu tinha um conceito equivocado de quem eu era...
U-au ! Confusão e vulnerabilidade tomaram conta de mim.



E o que é pior, depois de esmiuçar e decifrar meus novos adjetivos, eu me lembrei que eles tinham sido apontados para mim.
Então não é uma coisa nova ? Eles já estavam presentes, mas eu não conseguia percebê-los ? Quantas outras coisas será que eu ainda não consigo ver, embora elas já estejam lá ? Será que as outras coisas que eu penso a meu respeito também são ilusórias ?? Quantas perguntas surgiram...

Toda essa enxurrada de perguntas fez muito sentido, considerando que as 2 coisas que eu concluí recentemente foram:

a) Eu exagero as coisas.

b) Eu levo tudo muito a sério. Demais.

Quando as pessoas apontavam essas características para mim, primeiro eu não as reconhecia; segundo, não conseguia ver como isso podia ser uma coisa ruim, então não me preocupava. Mas o mundo girou, e encontrou uma maneira de me fazer experimentar situações em que essas características ficaram claras e inquestionáveis.
O entendimento tarda, mas não falha.


E agora ? Passado o primeiro choque resta planejar o que fazer com esse conhecimento, pois ele só se tornará sabedoria se tiver utilidade.
Não vai ser nada fácil, mas estou disposta a prestar mais atenção ao meu comportamento, para que eu leve a vida com mais leveza e alegria, buscando sempre o equílibrio. Quero restaurar essa sensação de fragilidade.



Cada pessoa é única, com seus pontos fortes e fracos, mas sempre tem alguma coisa que pode ser melhorada. E nem sempre aquilo que nos parecia definitivo e imutável, é verdadeiro.
Então meu aprendizado e consequente conselho é: busque cada vez mais informações sobre você mesmo, fique atento ao seu comportamento. Questione, duvide, considere a opinião de outras pessoas, e esteja aberto à novas possibilidades.
Eu acredito na evolução e acho que as mudanças que a experiência e o tempo trazem são sempre para o nosso próprio bem.

1 comentários:

Fernanda Reali disse...

Várias sessões de terapia resultariam nesse post. Muito bom.

NEm sempre nós conseguimos viver intensamente o que sentimos. A proa é que ficatste fechada um mês fazendo bonecos de feltro em vez de vivenciar intensamente o fechamento de um ciclo. Se enclausurou no trabalho para fugir da dor das despedidas. Já fiz muito parecido e nem posso te condenar, porque é uma das maneiras de sofrer menos com as separações: negá-las até o último instante. Mas já falamos sobre isso rapidamente em um almoço no Martínez...

Vim te dar um presentinho para o dia de hoje, nublado e feio, mas o presente é suave, alegre e ensolarado:

http://mauj77.blogspot.com/2009/12/do-um-dia-e-um-lindo-dia-re-reluz-e.html

É de um blog brasileiro, de um rapaz que mora no japão, uma música em japonês, mas tu já sabes de cor...

Bjs