Foi o que deu, quando misturei meus enfeites e feitiços.
Coisas de Isa,
que quer deixar a vida mais bela!


Aconteceu. Está feito. Mudei.

Foi um processo lento, tive tempo para planejar.

Esperei o ano letivo terminar, mandei o filhote passar as férias com os avós e tia, comecei a empacotar as coisas que eu considerava mais delicadas.

Mas emocionalmente eu não me preparei. Não consegui me despedir da cidade em que nasci e onde vivi quase a vida toda. Fiz de conta que não perderia a convivência diária com minhas amigas, o mar, e toda a estrutura que eu conheço e domino.

Se eu tivesse me aprofundado nesse aspecto, eu teria sofrido muito tempo. Não quis pensar em tudo que eu ia perder, me concentrei no que eu ia ganhar. Agi como se eu estivesse saindo de férias, considerando a qualidade de vida, o espaço físico, a segurança.

Me enchi de disposição e durante uma semana fui mexendo em todas aquelas coisas que a gente guarda e nunca tem tempo de usufruir ou organizar. Consegui me livrar de alguns papéis, doei livros, roupas, brinquedos.



A transportadora chegou e terminou de embalar tudo. Eles foram eficazes, em algumas horas guardaram todas as louças, enfeites, embalaram os móveis, quadros.

Fiquei um caco: cansada física e emocionalmente.
Não gosto que mexam nas minhas coisas. Não sei o que tem em cada caixa que eles fecharam, mas era inevitável, então segui em frente.



Agora estou aqui, diante do desafio de conhecer as ruas, as pessoas com as quais vou conviver, arrumar novos médicos, academia, supermercados, e claro, novos amigos.
Tudo isso sem considerar o desempacotamento e a organização do novo espaço.

Mas eu sou altruísta e acredito que tudo vai dar certo.

Estou empolgada com a possibilidade de recomeçar, como se eu pudesse passar a vida a limpo, descartar os maus hábitos e estabelecer outros comportamentos rumo a felicidade familiar.

Vou aproveitar a mudança externa para provocar também transformações internas que eu não realizava por comodismo. Estou otimizando o transtorno que pode ser uma mudança.

2010 é ano novo, década nova, e vida nova. Literalmente.





2 comentários:

Nárriman disse...

Isa, bom dia na casa nova, na cidade nova e na vida nova!!!!
Em seu texto, você usou uma frase que me chamou muita atenção:"Estou otimizando o transtorno que pode ser uma mudança". Acho que é por aí, minha linda!! Como a famosa Pollyanna (menina), você está jogando o "Jogo do Contente", não?
Acho que está certíssima, só depende de nós, depende da forma como encaramos as mudanças (físicas ou emocionais).
Creio que você esteja no caminho certo, rumo ao seu amadurecimento e a sua feliciade e de sua família.
Parabéns!!
Bjs

Fernanda Reali disse...

Ainda não posso me aprofundar nesse assunto porque choro. Choro de saudades que já sinto há um ano da Dani e de saudades que sinto há 16 anos da Cleci, da Adélia, da Caren. Choro de saudades que vou sentir de ti e da Fabiana nesta semana de volta às aulas.

Esta última semana foi muito difícil para mim, embora tenha visto BBB, postado no blog e me divertido com o twitter, o corpo somatizu umas tristezas e tive muita dor nas costas, tensçao nos ombros.

A gente vai prendendo as emoçoes, e eu prendi entre o pescoço e o ombro, então ficou duro. Depois que chorei no banho, passou.

Sei que tua vida vai ser melhor em Americana, mas é muito sofrido viver este período.

Já mudei de endereço tantas vezes, de cidade, de estado, de bairro, mas graças a deus consegui manter todasas amizades relevantes.mmQue bom que temos a internet, porque nos aproxima. Antigamente, só tínhamos cartinhas.

Abre o twitter, bota as novidades em dia, joga conversa fora, participa ao máximo da vida da gente, porque eu e Aline vamos gostar muito.

Bjs